Dias 29 e 30 de Outubro,
Workshop 'Religião no Mundo Antigo´
Workshop 'Religião no Mundo Antigo´
"Quem não quer trabalhar também não coma": um olhar histórico sobre a ética de trabalho de Paulo de Tarso
Paulo de Tarso, judeu, romano, grego e cristão realizou uma viagem pela Macedónia, por volta do ano 50 d. C., na qual passou pela cidade romana de Tessalónica. O livro de Atos narra que a sua estadia ali foi curta. Todavia, pouco tempo depois, Paulo escreveu duas cartas aos seus conhecidos em Tessalónica. O tema do trabalho é tratado tanto na primeira, como na segunda carta, na qual Paulo faz a forte afirmação: “Quem não quer trabalhar também não coma” (2ª carta aos Tessalonicenses, capítulo 3, versículo 10b). Quais foram as premissas desta declaração? Um olhar intertextual sobre os escritos de Paulo, o livro de Atos, alguma literatura rabínica, os evangelhos e textos do Velho Testamento, permite dar alguma luz à questão. Na literatura bíblica, o trabalho não é tema em si, nem no Novo, nem no Velho Testamento. Ao longo da teologia cristã, este assunto recebeu pouca atenção. No entanto, o trabalho não é algo marginal na literatura hebraica, nem nos escritos do Novo Testamento, pelo contrário, é um elemento fundamental desde o início e acompanhou a narrativa e literatura bíblica ao longo das épocas. Contudo, o trabalho não é um fim em si, mas segundo as instruções de Paulo, quem não quer trabalhar acabará por sofrer consequências severas.
Hans Vogel "João" - Faculdade de Letras Universidade Lisboa
Paulo de Tarso, judeu, romano, grego e cristão realizou uma viagem pela Macedónia, por volta do ano 50 d. C., na qual passou pela cidade romana de Tessalónica. O livro de Atos narra que a sua estadia ali foi curta. Todavia, pouco tempo depois, Paulo escreveu duas cartas aos seus conhecidos em Tessalónica. O tema do trabalho é tratado tanto na primeira, como na segunda carta, na qual Paulo faz a forte afirmação: “Quem não quer trabalhar também não coma” (2ª carta aos Tessalonicenses, capítulo 3, versículo 10b). Quais foram as premissas desta declaração? Um olhar intertextual sobre os escritos de Paulo, o livro de Atos, alguma literatura rabínica, os evangelhos e textos do Velho Testamento, permite dar alguma luz à questão. Na literatura bíblica, o trabalho não é tema em si, nem no Novo, nem no Velho Testamento. Ao longo da teologia cristã, este assunto recebeu pouca atenção. No entanto, o trabalho não é algo marginal na literatura hebraica, nem nos escritos do Novo Testamento, pelo contrário, é um elemento fundamental desde o início e acompanhou a narrativa e literatura bíblica ao longo das épocas. Contudo, o trabalho não é um fim em si, mas segundo as instruções de Paulo, quem não quer trabalhar acabará por sofrer consequências severas.
Hans Vogel "João" - Faculdade de Letras Universidade Lisboa