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terça-feira, 30 de setembro de 2014
segunda-feira, 1 de setembro de 2014
Uma aproximação ao mundo da Bíblia
Schwanitz, na sua abordagem sobre a
cultura ocidental, afirma que a origem da história europeia nasce de duas
fontes principais, seno uma grega e a outra hebraica: as epopeias de Homero e a
Bíblia.[1]A mesma tese já tinha
apresentado Raphael, com o fundamento de que na sociedade ocidental são reconhecidas
duas fontes principais, a hebraica e a helénica.[2]
Fotografia:
Ruínas da cidade grega- romana Hippos-Sussita na Decápolis
no lado oriental do lago da Galileia
mais informações em
Apesar de as terras da Bíblia se
encontrem geograficamente longe de Portugal, existem testemunhos que ilustram o
interesse dos portugueses pela Terra Santa. Um exemplo é o livro do
orientalista Carreira que descreve e documenta a época dos descobrimentos. A
obra tem o título “Outra face do Oriente - o Próximo Oriente em relatos de
viagem”. Relata como portugueses, nos séculos XVI e XVII, realizaram
peregrinações à Terra Santa e passaram pela Palestina, nas suas viagens até à
Etiópia, Pérsia e Índia.[3] O catálogo da exposição
“Impressões do Oriente - de Eça de Queiroz a Leite de Vasconcelos” oferece alguns testemunhos do século XIX, mostrando
imagens de Jericó, Jerusalém e outros lugares na Palestina.[4]
São fotografias antigas, que foram tiradas entre 1855 e 1880. Um testemunho dos
meados do século XX, é o livro “Por terras de Jerusalém e do Próximo Oriente”,[5] no qual o Prof. José Nunes
Carreira descreve a sua própria experiência de estudos em Jerusalém na École
Biblique & Archéologique Française de Jerusalem e as suas viagens pela
Palestina e por outros países do Crescente Fértil, ou seja do Egito até à
Pérsia.
Estes são somente alguns testemunhos
do manifesto interesse de pessoas de Portugal pelo Levante, durante os séculos
passados. A parte dois do presente trabalho apresentará alguns resultados
obtidos sobre esta questão. A experiência da viagem que fiz através de Israel,
em maio de 2013, mostrou-me a realidade neste país, existindo aí um grande
número de instituições que lidam com o mundo bíblico. Encontrei também muita
recetividade e interesse ativo pelo assunto em questão.
Fotografia:
As ruínas de 2900 anos de Tel Dan no Norte de Israel
As ruínas de 2900 anos de Tel Dan no Norte de Israel
mais informações em
[1] Vide
Dietrich Schwanitz, “Panorâmica Geral”, Cultura: Tudo o que é preciso saber,
Lisboa, Dom Quixote, 2004, p. 17.
[2] Vide Chaim Raphael, “The Two Traditions: the
Hebraic and the Hellenic”, Literature and
Western Civilization, volume I - The Classical World, David Daiches e
Anthony Thorlby (eds.), London, Albus Books, 1972, p. 488.
[3] Vide
José Nunes Carreira, Outra face do Oriente - o Próximo Oriente em relatos de
viagem, Mem Martins, Publicações Europa-América, 1997.
[4] Vide Impressões
do Oriente [catálogo da exposição]: de Eça de Queiroz a Leite de
Vasconcelos / textos de Luís Manuel de Araújo, Luís Raposo, José Pessoa; fot.
Sofia Torrado, Tânia Olim, Lisboa, Museu Nacional de Arqueologia, 2008, pp.
40-44.
[5] Vide
José Nunes Carreira, Por terras de Jerusalém e do Próximo Oriente, Mem
Martins, Europa-América, 2003.
O que entendemos quando falamos de mundo bíblico"
publicação em breve
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