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segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Uma aproximação ao mundo da Bíblia

Schwanitz, na sua abordagem sobre a cultura ocidental, afirma que a origem da história europeia nasce de duas fontes principais, seno uma grega e a outra hebraica: as epopeias de Homero e a Bíblia.[1]A mesma tese já tinha apresentado Raphael, com o fundamento de que na sociedade ocidental são reconhecidas duas fontes principais, a hebraica e a helénica.[2]

Fotografia: 
Ruínas da cidade grega- romana Hippos-Sussita na Decápolis 
no lado oriental do lago da Galileia 
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Apesar de as terras da Bíblia se encontrem geograficamente longe de Portugal, existem testemunhos que ilustram o interesse dos portugueses pela Terra Santa. Um exemplo é o livro do orientalista Carreira que descreve e documenta a época dos descobrimentos. A obra tem o título “Outra face do Oriente - o Próximo Oriente em relatos de viagem”. Relata como portugueses, nos séculos XVI e XVII, realizaram peregrinações à Terra Santa e passaram pela Palestina, nas suas viagens até à Etiópia, Pérsia e Índia.[3] O catálogo da exposição “Impressões do Oriente - de Eça de Queiroz a Leite de Vasconcelos” oferece alguns testemunhos do século XIX, mostrando imagens de Jericó, Jerusalém e outros lugares na Palestina.[4] São fotografias antigas, que foram tiradas entre 1855 e 1880. Um testemunho dos meados do século XX, é o livro “Por terras de Jerusalém e do Próximo Oriente”,[5] no qual o Prof. José Nunes Carreira descreve a sua própria experiência de estudos em Jerusalém na École Biblique & Archéologique Française de Jerusalem e as suas viagens pela Palestina e por outros países do Crescente Fértil, ou seja do Egito até à Pérsia.
Estes são somente alguns testemunhos do manifesto interesse de pessoas de Portugal pelo Levante, durante os séculos passados. A parte dois do presente trabalho apresentará alguns resultados obtidos sobre esta questão. A experiência da viagem que fiz através de Israel, em maio de 2013, mostrou-me a realidade neste país, existindo aí um grande número de instituições que lidam com o mundo bíblico. Encontrei também muita recetividade e interesse ativo pelo assunto em questão.


Fotografia:
As ruínas de 2900 anos de Tel Dan no Norte de Israel
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[1] Vide Dietrich Schwanitz, “Panorâmica Geral”, Cultura: Tudo o que é preciso saber, Lisboa, Dom Quixote, 2004, p. 17.
[2] Vide Chaim Raphael, “The Two Traditions: the Hebraic and the Hellenic”, Literature and Western Civilization, volume I - The Classical World, David Daiches e Anthony Thorlby (eds.), London, Albus Books, 1972, p. 488.
[3] Vide José Nunes Carreira, Outra face do Oriente - o Próximo Oriente em relatos de viagem, Mem Martins, Publicações Europa-América, 1997.
[4] Vide Impressões do Oriente [catálogo da exposição]: de Eça de Queiroz a Leite de Vasconcelos / textos de Luís Manuel de Araújo, Luís Raposo, José Pessoa; fot. Sofia Torrado, Tânia Olim, Lisboa, Museu Nacional de Arqueologia, 2008, pp. 40-44.
[5] Vide José Nunes Carreira, Por terras de Jerusalém e do Próximo Oriente, Mem Martins, Europa-América, 2003.


O texto do contexto

Publicação em breve

O que entendemos quando falamos de mundo bíblico"

publicação em breve

A importânica do contexto para a compreensão do texto

O contributo da arqueologia na compreensão do mundo bíblico

A Geografia

Plantas no contexto bíblico

Animais no contexto bíblico

O papel das estradas que atravessaram a Palestina

Memória

Peregrinos

O texto do contexto